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É curioso como as vozes mais altas a pedir o desfinanciamento da polícia são frequentemente as primeiras a pegar no telefone em momentos de crise, ligam para o 112 à procura da ajuda que procuram reduzir.

Embora possam participar em protestos, cânticos e discursos contra as forças da ordem, essas mesmas pessoas acabam inevitavelmente por depender da proteção policial quando confrontadas com ameaças imediatas.

Esta inconsistência revela uma verdade fundamental: até aqueles que criticam a polícia reconhecem, em última instância, o seu papel indispensável na manutenção da ordem e segurança.

Segurança e Informação: O Verdadeiro Debate sobre Responsabilidade

Em vez de enfraquecer as forças da ordem através do desfinanciamento, deveríamos defendê-las, garantindo que têm os recursos, formação e apoio necessários para proteger eficazmente as comunidades. Trata-se de promover a responsabilização e confiança, não de retirar a base da segurança pública.

Por outro lado, se há uma instituição que realmente merece ser escrutinada, é a comunicação social. Muitas vezes a fomentar a divisão e o sensacionalismo, a influência dos media pode moldar perceções públicas através de narrativas tendenciosas, em vez de uma reportagem objetiva. Talvez seja altura de considerar uma abordagem diferente: desfinanciar os media que alimentam o conflito e a desinformação, redirecionando o foco para um jornalismo responsável, que informe em vez de inflamar. Num mundo onde os factos importam, responsabilizar os media pela sua influência é tão crucial quanto apoiar a polícia, que está pronta para servir.


Publicação César DePaço

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